Casildo critica perdão a dívida do Congo

Apesar de concordar que o Brasil deva ter complacência com os países africanos, o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) avalia que não é oportuno anistiar as dívidas da República Democrática do Congo em um momento em que os estados e municípios brasileiros estão com as contas “estranguladas”. O senador criticou nesta quarta-feira (3), em Plenário, proposta do governo federal para perdão parcial da dívida daquele país com o Brasil.

A proposta provocou controvérsia nesta terça-feira (2) durante discussão na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), e teve sua votação adiada pelo presidente do colegiado, senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

No mesmo dia, registrou Casildo Maldaner, a CAE foi palco de debate sobre o projeto que institui o Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (Reitup). Segundo o senador, os prefeitos que participaram da reunião apontaram as condições de financiamento das dívidas junto à União como uma das dificuldades enfrentadas para garantir investimentos em mobilidade urbana.

- Se o governo federal exibe tal benevolência para com a República do Congo, poderia estendê-la aos nossos estados e municípios, sufocados com uma impagável dívida com a União – disse.

Ao citar dados publicados na 16ª edição da revista Em Discussão!, editada pela Secretaria de Comunicação Social do Senado (Secs), o senador argumentou que a revisão do indexador das dívidas desses entes federados é fundamental para atender aos anseios da população.

- Informa a publicação que em março passado os 26 estados e o Distrito Federal deviam à União mais de 416 bilhões de reais. Ao somarmos a dívida dos municípios, a dívida acumulada alcança quase meio trilhão de reais – assinalou.