CE discute o futuro da educação superior no Brasil e nos Estados Unidos
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) realizou, nesta quarta-feira (5), o colóquio “O futuro da educação superior no Brasil e nos Estados Unidos: Ciência sem Fronteiras e democratização do ensino superior”.
Durante a reunião, presidida pela vice-presidente da CE, senadora Ana Amélia (PP-RS), foram apresentados dados do programa Ciência Sem Fronteira e ouvidos representantes da Universidade do Texas, instituição com a qual a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) firmou acordo para receber estudantes brasileiros.
O programa Ciência Sem Fronteiras, do governo federal, financia o intercâmbio de estudantes brasileiros para universidades no exterior nas áreas de ciência e tecnologia. O projeto prevê a concessão de até 101 mil bolsas em quatro anos para alunos de graduação e pós-graduação.
Como primeiro palestrante, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herrman Benjamin, destacou a importância para o Brasil do Programa Ciência Sem Fronteiras.
Na avaliação de Herman Benjamim, uma das inovações mais importantes do programa é a disponibilização de bolsas de estudo de um ano para alunos de graduação, chamadas de "bolsa sanduiche". Anteriormente, o governo somente patrocinava cursos de pós-graduação no exterior.
— Este programa muda o paradigma atual das políticas públicas na área de educação, uma vez que o investimento que se está fazendo não é para a próxima eleição, mas sim para o futuro — disse.
Após a exposição de Herman Benjamim, o reitor da Universidade do Texas, William C. Powers, discorreu sobre a evolução das universidades nos Estados Unidos, desde o século XVII, quando se deu a fundação da Universidade de Harvard, até os dias atuais.
Falando da Universidade do Texas, William C. Powers, observou que a instituição, mesmo sendo pública, recebeu, no ano passado, apenas 12,5% de seus recursos do governo, sendo a maior parte obtida de outras fontes, como doações filantrópicas, por exemplo.
Já o diretor da Faculdade de Geociências da Universidade do Texas, William Fisher, salientou o importante papel desempenhado por sua instituição na formação de pesquisadores brasileiros desde a década de 70. Segundo, lembrou, o geólogo brasileiro principal responsável pela descoberta do pré-sal — o ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella — adquiriu boa parte de sua formação nos bancos da Faculdade de Geociências da Universidade do Texas.
Falaram ainda sobre o Programa Ciência Sem Fronteiras a diretora de Relações Internacionais da CAPES, Denise Neddermeyer, e o coordenador-geral de Programas de Pesquisa em Ciências Exatas, Alexandre Garcia.
Após o termino da reunião, foi realizada, no Salão Negro do Congresso Nacional, cerimônia de assinatura do memorando de entendimento do Programa Ciência Sem Fronteiras, entre a CAPES e a Universidade to Texas.
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