Senado começa a debater regulação da maconha no dia 2
Julio Calzada, secretário Nacional de Drogas do Uruguai
VEJA MAIS Estudo da Consultoria do Senado sobre a maconha Consultores apontam que futuro da maconha será de legalização controlada Apoio à descriminalização do porte de droga para consumo pessoal prevalece em debate Cerca de 2 mil se manifestam pela legalização da maconha em frente ao Congresso
O responsável direto pela política de drogas do Uruguai, Julio Calzada, será um dos participantes da primeira audiência pública que a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado vai realizar, no dia 2 de junho, para dar início aos debates sobre a regulação da maconha. Além do titular da Secretaria Nacional de Drogas do Uruguai, país que recentemente liberou o cultivo e a venda de maconha, estão confirmadas as presenças do representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime no Brasil, Rafael Franzini Batle, e do secretário Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Vitore André Zílio Maximiano.
As informações sobre a audiência foram publicadas em um site criado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) com o objetivo de ampliar e aprofundar a discussão sobre a maconha. O parlamentar é o relator da Sugestão 8/2014, apresentada pelo cidadão André de Oliveira Kiepper por meio do Portal e-Cidadania, na qual se propõe a regulação da erva para usos medicinal, recreativo e industrial, com tratamento semelhante ao garantido ao álcool e ao cigarro. Kiepper conseguiu o apoio de 20 mil pessoas à sua ideia de uma lei que permita o cultivo caseiro, o registro de clubes de autocultivadores, o licenciamento de estabelecimentos de cultivo e de venda de cannabis no atacado e no varejo, e a regularização do uso medicinal.
O site criado por Cristovam dá acesso a um estudo da Consultoria do Senado sobre o tema. Depois de avaliar aspectos sanitários, econômicos e legais, a conclusão dos consultores é de que o futuro da maconha no país é o da legalização controlada, com a regulação de todo o processo – da produção e comércio à posse e ao consumo de drogas –, que ficaria sujeito a controle e fiscalização pelo Estado
A audiência será realizada no próximo dia 2 de junho, às 9h, na sala 2 da ala Senador Nilo Coelho.
16 Comentários
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Mais de 2 mil se manifestam pela legalização da maconha em frente ao Congresso
poderiam manifestar por coisas melhores ! não acham ?
tantas coisas erradas , tantos projetos esquecidos, fora as belas promessas feitas que nem se quer chegaram a serem apresentadas
definitivamente continuamos a mostrar do que "NÃO" somos capaz !
infelizmente em 1973 ouvia meu Pai dizendo ao meu irmão mais velho
- filho quando a gente não pode com a bos....... a gente ajunta !
crê eu não consigo ser assim continuar lendo
antes de abrir esta pauta entre eles porque nao pega todos os es viciado nesta droga e pergunta se eles e a seus familiares se eles são ou nao a favor desta maldita liberaçao, isto é que da vivermos em uma falsa democracia .... continuar lendo
É impressionante a prioridade da pauta dos nossos parlamentares.
Há dezenas de projetos parados sobre assuntos relevantes como: Maioridade Penal, Reforma Política, Reforma Tributária, e tantos outros.
E estão preocupados com legalização da maconha?
É um caso de estultícia crônica e generalizada! continuar lendo
ACHEI achei alguém que pensa como eu ! se prepara Sr. Gilberto Gedaías Alves, se prepara para os bombardeios (risos) continuar lendo
Viva a sociedade deteriorada... Ao invés de lutarem para deixar de ser gado manso, dominados e escravos da massificação, VÃO lá pedir para se tornarem cada vez mais alienados e burross. continuar lendo
Quando se fala em drogas todo mundo repudia as ilícitas, mas vamos falar das drogas lícitas. Porquê ninguém pede a proibição do álcool? Essa é a droga que deveria ser combatida, pois ela é responsável pela perda de milhares de vidas anualmente e ninguém pede sua proibição, ela é responsável pela violência familiar muito mais do que qualquer outra. Mas os hipócritas que bebem suas cervejinhas diariamente não veem assim, comparem os dados de morte, violência familiar e outras mazelas causadas pelo álcool com a da maconha e me digam, sem HIPOCRISIA, qual das duas drogas é mais perniciosa. Liberar a maconha não quer dizer que você é obrigado a usar. É fato que o ser humano usa substâncias para modo recreativo desde muito tempo. O Estado diz que eu só posso o usar o álcool e o tabaco sem sofrer sanção penal. Pergunto novamente, essas drogas são mais "fracas" do que a maconha e por isso são liberadas? Espero que liberem sim, pois prefiro que meus filhos se forem usarem alguma substância recreativa que usem a maconha e não o álcool, pois o álcool eu sei que mata e não conheço caso nenhum de morte por fumar maconha. continuar lendo
Muito bem colocado, Newton. Ainda acrescento o grande ganho de segurança pública, aumento da arrecadação de tributos pelo Estado, fiscalização da qualidade da droga que é consumida. As pessoas crescem com uma ideia que lhes é implantada e a tomam por verdade absoluta. As pessoas não para pra se perguntar porque o tabaco é liberado e a maconha não? O início disso tudo foi definido por lobby das indústrias. Como o Newton citou, o álcool é muito mais danoso pra sociedade que a maconha. E não que eu esteja defendendo a probição do álcool, pelo contrário, defendo a liberdade das pessoas decidirem o que é melhor pra si. Só não aguento propagação da desinformação e hipocrisia. continuar lendo